Sinto os teus passos na sala, o cheiro do teu perfume, a tua respiração ao meu lado, o bater do teu coração ainda está no meu ouvido...porquê?? pergunto inúmeras vezes à minha alma...o vazio que deixaste cada vez está maior...mais denso...mais sufocante...
A beata do teu cigarro continua no cinzeiro, falta-me coragem para a deitar fora, assim como esta revolta e mágoa...queria arrancar para sempre este sentimento do peito e não consigo!
Construo todos os dias um escudo para me proteger...e todas as noites ele cai, como se de areia fosse feito...
Lembro-me das gargalhadas, dos olhares cúmplices, dos abraços apertados, dos beijos apaixonados...da felicidade que vivi...e choro, choro compulsivamente, como se as minhas lágrimas me levassem a ti...na esperança de ouvir a chave na fechadura da porta...
Trago no peito uma ferida aberta, uma chaga, que só o tempo poderá sarar...arrancaste-me o coração e levaste-o contigo...estima-o, ainda é teu!
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